O rosto, meio de autoapresentação, de expressão e de comunicação, com uma notável inscrição nos domínios cultual e religioso, literário, científico e artístico, objeto de elaboração nas mais diversas culturas, constitui uma realidade polimorfa que é difícil ou mesmo impossível cingir. No entanto, desempenha um papel central na vida de cada um, na cultura contemporânea, ao longo da história, e desde tempos imemoriais. Hans Belting vê na face humana — no rosto vivo e no seu duplo, a máscara — a forma original da própria imagem.

Esta publicação constitui um duplo guia. Primeiro, é-o da notável obra Faces. Uma história do rosto (al. 2013; pt. 2019), de Hans Belting, que a este tema tem dedicado obras tão importantes como A Verdadeira Imagem, Antropologia da Imagem e Bild und Kult. É ainda um guia à exposição Histórias de Rostos. Variações Belting, patente no Museu Coleção Berardo, em Lisboa, na primavera-verão de 2019.

Esta obra compreende contributos e trata autores e artistas como H. Belting, G. Didi-Huberman, J. von Schlosser, G. della Porta, T. Ruff, R. Castellucci, V. I. Stoichita, A. Hitchcock, C. Fischer, J. L. Neto, A. Bertillon, L. Hine, S. Tuori, C. Boltanski, D. de Boulogne, S. Freud, A. de Sousa, J. Loureiro, F. Lemos, S. dos Reis, D. Blaufuks, E. Nery, V. Araújo, A. Warhol, M. Kella, J. Molder, M. M. Freias, G. Deleuze, entre outros.