Teatro 4 - Bertolt Brecht

Teatro 4 - Bertolt Brecht

25,00 €

Escritas na lonjura do exílio, as cinco peças publicadas agora pelos Livros Cotovia integram o quarto volume da colecção Teatro de Bertolt Brecht, organizada por Vera San Payo de Lemos. 

Estamos em plena década de 30 do século XX, na Alemanha. Hitler sobe ao poder em Janeiro de 1933. As perseguições no campo da cultura aumentam gradualmente. Pintores, editores e escritores são perseguidos pela justiça. O partido nazi apodera-se de editoras e de estúdios de cinema. Brecht, indexado pelos nazis já desde 1923, vê as suas obras queimadas em praça pública em Maio de 1933.

No exílio, iniciado em Fevereiro de 1933, privado da interacção entre a escrita e o palco e tendo as notícias de jornal como único meio de informação sobre a Alemanha, impõe-se a Bertolt Brecht encontrar meios para publicar os seus escritos, levar as suas peças à cena e criar novas plataformas de debate. À medida que "escreve a verdade" de forma a iludir a censura, redige as peças «Os cabeças redondas e os cabeças bicudas ou Os ricos dão-se bem com os ricos», «Os sete pecados mortais dos pequeno-burgueses» e «Os horácios e os curiácios». A primeira, considerada por muitos como a sua obra-prima, apresenta uma figura com traços de demagogo semelhante a Hitler que, para escamotear a crise económica, divide a população em duas raças. Inspirada originalmente num texto de Shakespeare, esta peça foi a primeira a desenvolver a temática do fascismo e a questionar as teorias da raça. Já «Os sete pecados mortais dos pequeno-burgueses», com música de Kurt Weill, também ele exilado, foi pensada como "bailado cantado" com sete andamentos ou etapas. Brecht recorre ao catálogo de pecados estabelecido pela teologia moral católica e subverte-o. Quanto a «Os horácios e os curiácios», peça didáctica (ver volume 3 desta colecção, dedicado às "peças didácticas), proporciona aos intérpretes uma reflexão filosófica através da arte, no espírito do "learning by doing".

Com o passar do tempo, em vez de se referir explicitamente ao fascismo, Brecht opta por salientar a afinidade sem fronteiras que aproxima as suas vítimas. Em «As espingardas da Senhora Carrar», que continua a ser uma das suas peças mais representadas, Brecht utiliza a guerra civil espanhola como espelho para a Alemanha de Hitler e apela a uma tomada de posição nos conflitos, chamando a atenção para o perigo da neutralidade. Influenciado pela eficácia estética e política desta peça, escreve «Terror e miséria do Terceiro Reich» que também remete para a actualidade política do momento.

Haverá melhor maneira de testemunhar os tempos sombrios que a Europa atravessou?

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