Retrato de Jean-Pierre Sarrazac, por João Tuna.

Retrato de Jean-Pierre Sarrazac, por João Tuna.

 

Jean-Pierre Sarrazac

Jean-Pierre Sarrazac foi aluno de Barthes e Dort, animador da Travail Theâtral – talvez a melhor revista de teatro, de sempre – foi Director dos Estudos Teatrais de Paris III, é autor de uma vintena de peças de teatro e é, sem dúvida, um dos grandes pensadores do teatro contemporâneo e da polifonia das suas escritas dramáticos, da sua pluralidade, que tanto defende através da sua teoria do teatro rapsódico.
A designação de teatro rapsódico não propõe a ausência de forma, mas a forma mais livre que o teatro conheceu, dando conta da existência humana na sua complexidade e fugacidade.

O seu livro "O futuro do drama", com origem na sua tese de doutoramento de finais dos anos 70 e reeditado 20 anos depois, continua a constituir uma ferramenta importante na reflexão sobre o teatro contemporâneo: a postura face aos géneros literários, as relações entre a fábula e a montagem, a personagem inacabada, etc., procurando dotar o criador/espectador de elementos que lhe permitam melhor compreender as profundas transformações que a arte dramática conheceu na 2ª metade do século XX.

Sarrazac fez também incursões na encenação – O sonho, de Strindberg, na Comédie de Caen – e Lavrador da Boémia, de Joanhees Von Saaz, no Cendrev/Teatro da Rainha. Editou recentemente Strindberg, o impessoal, na L’Arche.

 

Obras disponíveis